A partir das experiências missionárias realizadas por três anos consecutivos, no mês de janeiro, e das avaliações realizadas pelas pessoas que participaram, a Ordem do Frades Menores - OFM, realizou entre os dias 04 e 28 de janeiro de 2016 a Experiência Missionária no Projeto Amazônia. Este ano a experiência aconteceu na Paróquia de Caballococha, Vicariato Apostólico de São José do Amazonas, Loreto, Peru.


Pela primeira vez a Jufra do Brasil enviou um missionário, a jovem Adriana Oliveira Xavier, de Vitória da Conquista na Bahia, Secretária Fraterna para o regional NEB4.

Confira abaixo o relato feito pela nossa irmã Adriana.


“Chamaste-me para caminhar, na vida contigo, decidi para sempre te segui e não voltar atrás, me puseste uma arca no peito e uma flecha na alma é difícil viver sem lembrar-me de ti”
Adriana Oliveira Xavier


RELATO DE MISSÃO
Projeto Amazônia - OFM - Experiência Missionária
          Começo agradecendo a Deus e depois a jufra por essa oportunidade única. Eu referencio esse momento como único porquê de fato, todos os momentos que vivemos são, pode ser o mais rotineiro, mais ainda sim, nenhum é igual ao outro. A missão na cidade de Caballococha Peru levou-me a um momento de plenitude em relação ao ideal de vida que escolhi e que tenho trançado.
          Foram 24 dias de missão no Peru, começou nossa missão na Amazônia Peruana no dia 5 de janeiro, mas para mim começou desde antes, a partir do momento em que Washington me ligou, e do dia primeiro de janeiro. Neste dia, eu sair da minha cidade rumo aos lugares que iriam ficar antes da missão em si. A priori, fiquei na casa da irmã Sabrina que é da OFS. Que experiência, que pessoa maravilhosa, me fez senti em casa, toda acolhida dela e de seu esposo, todo seu cuidado em saber se eu estava bem, como ela mesma falou, onde tem um franciscano, nós não passamos aperto nenhum. E com essa certeza passei um dia em sua casa e em seguida meu rumo para Manaus para a casa dos irmãos jufristas que iriam me acolher.
             Passei um dia e meio em Manaus na casa das Irmãs Graciele e Ingrid, senti-me em casa, toda sua família estava a minha espera e com muita alegria para me receber. Fizeram um almoço no dia seguinte convidado a jufra e ofs para partilhar comigo deste momento tão maravilhoso. Para essa família maravilhosa, deixei os meus agradecimentos e minha emoção e a certeza que em todo lugar que passei deixei a semente do ideal franciscano e recebi em troca também.
          Já emocionada e vivenciando tudo aquilo que Deus tinha preparado para mim, não sabia mais o que esperar, a missão estava perto de começar de fato e esses dias já haviam me levando para essa reflexão. Os dias na cidade Caballococho foram muito intensos e de muita reflexão, eu tive a prova de cada vez estou no caminho certo, sair da nossa rotina e vivenciar uma experiência distinta da qual estamos acostumados, olhar naqueles rostos a certeza de uma fé e uma certeza que Jesus está no rosto de cada missionário de cada pessoa que recebia a gente em suas casas. Olhar para os irmãos frades, enxergar os irmãos jufristas e toda aquela família franciscana presente na missão, disposta com o coração aberto para vivenciar e estar aberto para tentar incidir de alguma forma naquela realidade. Deus é bom e nos permite abrir o nosso coração para ver as maravilhas que ele tem para cada um de nós, tudo é graça de Deus, nada é para nossa Glória.

          Uma semana antes de terminar a missão, formos divididos em fraternidades, eu fiquei com o Frei Rolando, um Argentino, e Gustavo um jovem do Peru, nos fomos para três comunidades mais adentro do mato, distantes da cidade. Esse momento da missão foi o que mais me marcou, a calmaria do mato, a calmaria das pessoas que vivem todos os dias com uma esperança e fé que o amanhã será diferente, perceber a imensidão do rio e como ele age na vida de cada comunidade que nós passamos por vezes alguma das comunidades não tinham luz, não tinham água encanada, mas nós conseguíamos tirar o todo dia algo de novo, algo que Deus estava falando conosco.
          Por fim, deixo a mensagem que todos e todas devem vivenciar essa experiência, tentando deixar nossa bagagem um pouco de lado e tentar ficar o mais aberto (a) possível para poder experimentar novos conhecimentos, tirar tudo que for diferente na missão. A Juventude Franciscana teve como objetivo enviar-me para essa missão no intuito de instigar a todos que é possível sim vivenciar uma partilha e uma fraternidade para além de nossos muros, que é possível sim, tocar e ser tocando mesmo que não se use palavras, encerro incentivando a toda família franciscana a quem sabe na próxima missão querer fazer parte desse momento tão rico e único que encontramos durante a caminhada.
Adriana Xavier
Secretária Fraterna Regional do NEB4.
Paz e Bem!